28 dezembro 2012

Feliz aniversário, blog.

Um ano.

Faz um ano que eu, desiludida da vida e desprovida de bons sentimentos, iniciei esse blog.

No final do ano passado toda minha vida ruiu diante de meus olhos. Tudo o que eu tinha foi perdido, todos os medos se cumpriram, tudo o que eu tinha se esfarelou e escorreu entre meus dedos pálidos até serem carregados pelo vento... Pra muito longe de mim.

Me destruíram. Cada pedaço quebrado de mim foi moído e pisado, e no final... Eu não tinha nada... Bom. Eu tinha apenas uma coisinha bem pequena que eu recuperei de um caco da minha alma. Um resquício de esperança, coisa que eu admito que nunca usei, então por isso deve ter sobrado.

Peguei esse pedaço e fiz um pingente com ele, colocando no pescoço e suspirando pesadamente... Quando tomei uma decisão que agora muito me agrada. Me sentei diante do computador... E fiz um blog. Meu objetivo era comentar como seria esse ano e tudo mais. O criei desacreditada, nunca consegui manter um "diário" nem nada disso. Era mais um desabafo desprovido de fundamento ou relevância.

Então... Com minha esperançazinha... Eu escrevi a seguinte frase.

"Agora faltando três dias pro melhor ano da minha vida"

Admito que minhas expectativas pra esse ano... Desandaram. Mas isso não quer dizer que foi ruim. Aquela postagem curta que eu fiz há exatamente 365 dias me deu uma coragem pra suspirar e me erguer novamente. Apesar dos, metafóricos, ferimentos e injúrias que eu carregava, eu consegui passar. E iniciei o ano jogando Zelda, que é um dos meus amores. Sei lá, deu certo pra mim.

Esse ano eu perdi uma coisa. Era a coisa mais importante da minha vida, até esse ano. Eu a perdi três vezes, pra ser bem sincera. Na terceira vez, a coisa me perdeu. E eu... Não me importei. Só decidi seguir em frente. Por que eu finalmente estava bem. Levei oito meses, mas fiquei bem. E então eu decidi me permitir a felicidade uma vez mais.

Sei lá, eu acho que tenho o direito de ser feliz, sabe? Ok, sou uma pessoa horrível e sádica, estou aguardando a sentença de muita gente, mas... Eu não faço mal pra ninguém, só sou um monstro por dentro... Ha, ha.

Agora, depois de todo esse tempo que se passou... Eu encaro novamente a mesma situação. Me comparei comigo mesma na mesma época... E cara, eu estou bem. Me sinto bem, me sinto completa por mim, me sinto segura, me sinto... Viva. Eu me recuperei. Ainda tem sequelas, sempre tem, mas nada que me impeça de viver.

Então... E agora? Será que, novamente, está faltando três dias pro melhor ano da minha vida?

Agora está tudo bem, mas a vida é uma vadia invejosa e traiçoeira que vai tentar me acertar por onde mais dói. E eu sei o que mais dói, meu bem mais precioso... E ele está protegido. Por mim. Por que eu me sinto forte o suficiente pra me enfiar na frente de todos os tiros da vida e sobreviver. (metaforicamente, claro. A Mika não é à prova de balas! Leia o manual!)

Então... O que eu espero desse ano? Eu espero que eu seja feliz. Só isso. Quero ser feliz. Se as pessoas importantes pra mim quiserem ser felizes comigo será ÓTIMO... Mas não dependo de ninguém pra ser feliz. Não quero depender de ninguém pra isso. Eu me faço feliz, e quem está perto é um bônus. Eu agora sei que já estou completa. Sempre estive.

Você não vai me completar... Mas podemos seguir juntos se você quiser. Seria uma honra ter pessoas incríveis me acompanhando nessa jornada bizarra e cretina que é a vida... Então...


Savvy?

04 dezembro 2012

A verdade sobre a vida

A vida é uma vadia impiedosa, temperamental, invejosa, sádica, cretina, egoísta e mais um monte de adjetivos que não é muito legal de por aqui. É um blog que família...

... Só que não.

Cara, sério. Acho que o que eu mais faço é dizer o quão cretina a vida é com as pessoas. Sério. Até comigo. Minha vida está em um ápice de felicidade e alegria, tudo perfeito, maravilhoso. Estou realmente feliz. E volta e meia ela ainda vem me dar um pescotapa e dizer "Lembre-se, eu te odeio, tá? Não fique muito confiante".
E essa é a vida. Fim.

Mas eu seria hipócrita se negasse a frase "há males que vem para o bem". Há males que vem pra foder, claro, incontestável. Tipo Titanic. Me diz que coisa boa veio pra galëre que morreu? Nada, só morreram congelados, assustados, tristes e ferrados. Só isso. Não foi bonito, não foi feliz. Só foi trágico.

Voltando ao assunto. Ano passado eu reclamei de tudo na minha vida por culpa de um cisco insignificante que ferrou com tudo, certo? Imagino que vocês, fantasmas, se recordem de meu drama passado. Mas eu cheguei num ponto em que eu consigo olhar pra trás e suportar pensar a respeito... E eu concluí que se eu pudesse voltar no tempo AGORA e mudar um único detalhe... Eu não mudaria. 

Incrível, não? Seria apenas eu impedir duas pessoas de fazer sexo há uns quase 19 anos atrás e tudo seria resolvido. Só que o problema é que eu não quero mudar meu presente. Veja bem, eu tenho um grupo de cretinos amigos que eu amo muito, que estão sempre ao meu lado e se importam comigo. Estou de boa com a minha família. To de boa com a faculdade. Tenho um namorado perfeito, incrível e maravilhoso que eu amo de forma irresponsável e sem noção... 

E eu não abriria mão de nenhum deles mudando meu passado.

Por que eu realmente estou feliz onde e como estou. 

Então eu penso que mesmo a vida tendo posto aquele infeliz no meu caminho, ele tendo destruído meu ano passado inteiro com sucesso... E quase metade desse ano pela ressaca dos danos... Eu não mudaria isso. Claro, se eu pudesse matá-lo no presente eu o faria (se houvesse uma forma de fazer isso e não ser presa, culpada, etc) mas eu não quero NUNCA correr o risco... De perder o que eu tenho. Por nada nesse mundo.

Se eu aguentei passar por aquilo e chegar até aqui, pra que mudar? Vai que aquilo realmente foi necessário pra me fortalecer ou qualquer merda de auto-ajuda que digam sobre tragédias na vida? Eu não duvido disso, de verdade. Eu só quero aproveitar tudo antes da vida tirar meu chão de novo. A única coisas que eu tenho certeza que tenho mesmo são meus amigos. Eles estão sempre do meu lado... E no grupo "amigos" está a pessoa que detém todo meu amor, claro. São minhas pequenas e delicadas certezas que eu protejo com todo meu coração.

Sei lá, viver e ir pra frente, com o olho no futuro sem esquecer do passado pra não repetir merdas no presente, e é assim que se vive. Vamos lá então.